"Eu sei que poderá haver universos em que decidi de forma diferente e que me levou a outro sítio, me levou a outra pessoa. E o meu coração parte-se por cada versão de mim que não tenha acabado por ficar contigo."
Fiz uma promessa a mim própria depois de ler Daisy Jones and The Six em Dezembro: irei ler todas as obras de Taylor Jenkins Reid. Já tinha lido The Seven Husbands of Evelyn Hugo em Outubro e fiquei de abismada com todos os aspectos do livro.
Não tenho interesse em ler romances contemporâneos, à exceção de Reid.
Esta autora entende tão bem a emoção humana, que faz com que sentimos na pele a emoção da personagem. Faz até com que as ações mais corriqueiras interessantes.
Outro aspecto de todos os livros de Reid? É a mensagem que passam.
Hannah, depois de estar fora vários anos a tentar descortinar o que quer da vida, volta para Los Angeles para junto da melhor amiga, Gabby, ocupando o quarto de hóspedes da mesma. Para celebrar o regresso à cidade, Gabby e Hannah combinam um encontro com os colegas do secundário, incluindo o ex-namorado de Hannah, Ethan. Pouco depois da meia-noite, Gabby pergunta a Hannah se quer ir para casa com ela ou se prefere ficar com Ethan. A partir daí, a história desenrola-se em dois universos paralelos, baseado na escolha de Hannah ir para casa com Gabby ou ficar com Ethan.
Até que ponto as nossas mais pequenas decisões afetam o nosso futuro? Será que altera o curso da nossa vida? Aquilo que é suposto acontecer, acontece independente das nossas decisões? O típico "O que tiver de ser, será. Somos capazes de tomar as decisões certas para a nossa vida até chegarmos àquilo que deve ser.
É essa a essência do livro, a mensagem que passa. E a autora sabe do que fala, porque o faz de forma simples e direta, como se uma conversa. Nós conseguimos ver-nos a tomar decisões que as personagens tomaram, mais que não seja as mais simples. Deixou-me frustrada em vários momentos porque teria escolhido certas coisas de forma diferente. E é mesmo isso: podemos tomar diferentes decisões mas o que faz parte de nós, o que nos faz sentir que a nossa alma está em paz, virá sempre.
O enredo é simples e tem imeeeeeensos clichés mas só porque é a autora que é está perdoada pela escrita fácil e cheia de emoção e a mensagem que tenta sempre passar.
Há certas coisas que não caíram bem, por exemplo, os pais de Hannah, a passividade de Gabby em certas situações, mas nada de me fizesse pousar o livro.
Não posso dizer que não gostei nem adorei. Está mediano tal e qual o Eu, Tu e Todo o Tempo do mundo, não conseguimos sentir a explosão que sentimos quando lemos Evelyn Hugo ou Daisy Jones.
Acredito piamente que a Taylor está a ficar cada vez melhor nas suas histórias.
Sinto que estão a passar de vidas medianas, para extraordinárias.
Maybe in Another Life de Taylor Jenkins ReidClassificação: 3 de 5 estrelas
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