"Por mais fortes que sejamos, por mais espertos ou duros que sejamos, o mundo encontrará forma de nos quebrar. E, nessa altura, a única coisa que podemos fazer é aguentar."
Não gosto de romances contemporâneos, não gosto de personagens fracas, não gosto de ver um livro que se foca unicamente no amor. Não gosto de ler livros sobre a morte no amor, porque vejo essa possibilidade e é capaz de me incapacitar. E também não gosto de ler relacionamentos melosos (apesar de me achar culpada de extrema melosidade na paz do meu lar).
Peguei neste livro contrariada mas o facto de ser de uma autora que lançou um dos melhores livros que já li, fez com que pegasse no livro com confiança.
Tu, Eu e Todo o Tempo do Mundo, ou, em inglês Forever Interrupted, foi o romance de estreia da Taylor Jenkins Reid, lançado em 2013. Daisy Jones and The Six e The Seven Husbands of Evelyn Hugo (mencionado supra como um dos melhores livros que já li) foram da sua autoria.
A sinopse é bastante simples - Elsie e Ben casaram-se há pouco mais de uma semana quando Ben morre.
Não é spoiler, vem no primeiro capítulo.
Então?
Sobre que é o livro?
É sobre o luto de uma viúva.
É sobre perder o amor de uma vida.
E sim, é um livro triste.
É aqui que entra a mestria de Reid: Sabemos à partida o final trágico deste casal mas não sentimos qualquer tipo de empatia porque não conhecemos as personagens mas Reid, através de duas linhas de tempo (desde o mês que se conhecem e o presente) e pela narração na primeira pessoa, faz com que a morte de Ben nos pese tanto como a Elsie. Choramos com a Elsie, conseguimos sentir a mais dura e pura das dores. Algo que já verifiquei nos outros dois livros mencionados neste artigo, é que a autora percebe a dor humana e sabe escrever tão bem ao ponto de sentirmos que somos nós na pele da personagem.
Inicialmente não gostei do livro, e queria inclusive pousá-lo, mas por fé à autora continuei e, à medida que conhecia cada vez mais cada personagem, mais o sentimento me envolvia, me sugava para a vida de Elsie.
Este livro pode ser apreciado por quem gosta de romance contemporâneo, mas para alguém que sente o mesmo, está um livro triste e lamechas com uma escrita genial mas simples e enternecedora.
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