Venho partilhar a minha opinião da série The Covenant da autora Jennifer L. Armentrout, lida em inglês porque nenhuma das nossas editoras descobriu esta série (obviamente, a única desculpa plausível!).
Foi a minha primeira viagem no mundo da fantasia (ainda que seja low fantasy) e adorei!
É uma série com 5 livros e 2 novellas:
- Daimon (novella)
- Half-Blood
- Pure
- Deity
- Elixir (novella)
- Apollyon
- Sentinel
Ao ler esta série, entramos no mundo de Alex Andros, que pertence a um mundo onde os Hematoi (filhos de deuses gregos com os mortais) estão no topo da cadeia, quando Alex está quase na base ao ser half-blood (filha de um pure - filhos dos hematoi - com um mortal). Alex e
a sua mãe tiveram que fugir de Deity Island e deixar para trás o sonho de Alex
se tornar uma Sentinel (espécie de soldado que tem como objetivo proteger a comunidade).
Alex vê-se obrigada a regressar a Deity Island, onde está a comunidade, mas não é tão fácil quanto esperava que fosse, ao se deparar com o seu tio como reitor e a sua paixoneta como treinador. Há uma razão pela qual a mãe saiu da comunidade e Alex irá descobrir porquê e enfrentar as consequências.
Creio que esta série já estava premeditada como tal ao ler o livro Half-Blood (tecnicamente o primeiro porque a novela Daimon foi lançada depois) serviu como livro introdutório das comunidade Hematoi, personagens e ambiente.
Temos que ver a realidade das coisas - esta série é indicada para jovens adultos que gostem de fantasia.
Visto que, obviamente, era o público alvo da autora, não podemos deixar e ver as coisas dessa forma.
Nos primeiros livros, Alex tem 17 anos e, como a narração é na primeira pessoa, temos que ver o mundo aos olhos dela e fazer a nossa crítica mediante o pensamento de que é uma adolescente.
O autor de uma série Young Adult tem a responsabilidade de influenciar as coisas mais acertadas na cabeça de um jovem mas, ao mesmo tempo, deixá-lo colado ao livro, e Armentrout faz isso de uma forma subtil mas muito eficaz.
Procura misturar a necessidade de instruir as mentes mais jovens nas questões sociais e pessoais que não se enfrentam no dia-a-dia e são menosprezadas por muitos, e a necessidade fazer o jovem pegar no livro e continuar a lê-lo ao colocar situações e emoções que com que relacione facilmente.
Vemos uma retratação metafórica do que é o racismo e a ignorância generalizada dos problemas graves sociais. Aquilo que achei extraordinário nesta série de livros, no que diz respeito à mensagem que passa,... Aliás! Às mensagens que passa, é o crescimento pessoal da personagem. Vemo-la a passar por luto, ansiedade, distanciamento social, manter os seus princípios por mais pressão que seja posta em cima, aceitação e amor. Sim, pode parecer lamechas, amor. Saber distinguir aquilo que nos é necessário e o que é o amor.
“Não quero saber de amor.'
'Mas devias, minha menina. Tu precisas de saber sobre o amor. O que as pessoas são capazes por amor. Todas as verdades resumem-se ao amor, não resumem? De uma maneira ou de outra, resumem. Ouve, há uma diferença entre o amor e a necessidade. Às vezes, o que tu sentes é imediato e sem rima nem razão.' Ela endireita-se. 'Duas pessoas que se vêem do outro lado da sala ou as suas peles roçam. As almas reconhecem a pessoa como sua. Não demora a saber. A alma sabe sempre... se é certo ou errado.”
É a mais pura das verdades: a alma sabe bem o que quer no que diz respeito ao amor. Temos é que saber distinguir o que nos deixa ter uma vida feliz invés a um momento feliz.
E muitos adultos, demasiados, ainda não chegaram lá. Porque aquilo que confundimos ou contentamos como necessidade cega. Precisamos de alguém ou amamos alguém?
Anyway...
Back on topic, gotcha!
A-DO-REI a mitologia grega! Acho que não têm noção da quantidade de vezes que fui ao Wikipépia por querer saber mais, e mais e ficava a gostar cada vez mais da mitologia grega cada vez que aparecia as referências na série.
A escrita foi super fluída e leu-se tão bem que se devora sem se ter noção disso. Queremos sempre mais Alex (e do sentido de humor dela) e do Aiden, apesar da muita frustração que isso trouxe. Armentrout faz um brilharete com estes personagens! Bem descritas e muito reais no sentido de sentirmos a dor a arrepelar a pele e a alma. Fez-me ler sobre a personagem mais desprezível que já vi, sem envolver os do Stephen King, claro.
As relações entre personagens sofrem uma evolução tão aprazível de se ler que chegamos a ficar orgulhosos da Alex e da família dela. Mas até lá, há muita frustração pelo meio.
O plot é relativamente simples mas a Armentrout foi-lhe concedido um dom pelos santinhos dos leitores frustrados ao acabar os capítulos com cliff hangers e ao meter ali uma pitadinha (tipo, do tamanho de um camião TIR) de plot twists que ficamos com o pensamento virado do avesso.
Não há muito mais que possa dizer senão: leiam esta série. Nuff said.
Obrigada Corina! Pela evangelização e pela foto!!
Classificação: 4 de 5 estrelas
Classificação: 4 de 5 estrelas
Classificação: 5 de 5 estrelas
Classificação: 5 de 5 estrelas
Classificação: 5 de 5 estrelas
Classificação: 5 de 5 estrelas
Comentários
Enviar um comentário