"A solidão aguça a nossa percepção das coisas."
É o terceiro livro da série da Mila Vasquez, precedido pelo Sopro do Mal e pela Hipótese do Mal.
Entramos no mundo de Mila Vasquez pela perspectiva de um outro personagem principal, introduzido pela primeira vez nesta obra - Bruno Genko.
Genko é um detetive privado que se envolve no caso de Samantha Andretti que reaparece passados 15 anos desde a última vez que foi vista.
Samantha foi o alvo de um raptor que a manteve em cativeiro numa espécie de labirinto, e experienciamos todas as provas que ela teve que passar, em primeira pessoa. Estes relatos são acompanhados por o Dr. Green, psicoterapeuta da Polícia Federal numa tentativa de apanhar o raptor que a deixou à beira de um pântano, abandonada.
Este thriller foge do hábito de Carrisi de inserir técnicas forenses nas suas obras. Genko não tem formação para tal logo não poderá pegar nesse aspecto. No entanto, Carrisi explora as técnicas de persuasão no dia-a-dia: roupa, maneirismos, etc. Que torna Genko excelente naquilo que faz, porém a solidão preenche-lhe a vida.
O autor recai mais na típica fórmula de escrita de thrillers no que diz respeito à personagem principal ser um detetive privado com problemas existenciais.
Há uma linha temporal fixa no presente com flashbacks de Samantha no labirinto. A narração, como é costume nas obras do autor, é em terceira pessoa com vários pontos de vista.
Menos ciência e muito mais ação rápida é o que caracteriza este livro. À medida que a investigação acelera somos cada vez mais atraídos à taciturnidade do enredo chegando mesmo a ter partes arrepiantes.
Não desfazendo das obras anteriores, Carrisi escreveu um livro genialmente conseguido com um final explosivo, como não poderia deixar de ser.
O livro foi adaptado para o cinema, com o mesmo nome que o livro, realizado por Donato Carrisi, com Dustin Hoffman a interpretar Dr. Green.
Mal posso esperar pela continuação!
Classificação: 5 de 5 estrelas
Comentários
Enviar um comentário